sexta-feira, 30 de abril de 2010

Grupo- 2ºA EM


Barbarah Vian n°09
Isabella Berloffa n°18
Isadora Gabriela nº20
Jacqueline Okama n°21
Letícia Brito nº26
Lucca Freire n°28
Mayara Fazio n°35
Natan Schettini nº45

Baseado no livro Mitos Gregos, de Eric A. Kimmel.

Trabalho apresentado para o Colégio Salesiano Santa Teresinha, SP; orientado pela professora Érica V. de Barros, de Língua Portuguesa e Literatura.

  • Fofócate é uma personagem de ficção e suas palavras não tem veracidade comprovada, nem refletem as opiniões dos membros do grupo.

Prometeu

Em algum lugar da Grécia, no início dos tempos...


Fofoca das boas!


Vocês não sabem o que eu descobri: meu amigo Epimeteu e seu irmão Prometeu eram titãs, membros de uma raça de gigantes!

Há muito tempo atrás, eles lutaram contras os deuses para ver quem iria governar o universo, e é claro que os deuses venceram e quase todos os titãs foram destruídos. A terra foi criada pelos deuses através dos corpos dos titãs destruídos. Como o meu amigo e o seu irmão tomaram o partido dos deuses, eles foram recompensados com a tarefa de povoar o mundo com seres vivos e de viver na terra. Zeus entregou muitos dons a Epimeteu e ordenou-lhe que distribuísse a todas as criaturas da terra. Prometeu tinha que verificar se todos os seres da Terra tinham de fato recebidos uma dádiva.

Depois de distribuir os dons, Epimeteu chamou seu irmão para ver o seu trabalho, mas ele não percebeu que havia se esquecido dos humanos (também, quem precisa deles?).


  • Prometeu foi até o monte Olimpo, onde moram os deuses, para ver se havia alguma coisa para oferecer àquelas duas pobres criaturas. Acendeu a tocha que ele havia levado na roda do carro com que Apolo atravessava o céu todos os dias, e a entregou para os humanos, dizendo a eles que eles serão fracos para sempre, mas com a dádiva que estão recebendo poderão dominar todos os animais, desde que usado com sabedoria! Os seres humanos tornaram-se, então, os donos do mundo.

Zeus ficou furioso quando soube o que Prometeu fez, pois com a posse do fogo, os homens poderiam tornar-se poderosos e ousados, e querer desafiar os deuses. Então Zeus castigou Prometeu, mandou acorrentá-lo a uma rocha, no topo das montanhas, e lá haveria um terrível abrute faminto que arrancaria um pedaço de sua carne todos os dias, e que se recompõe á medida que é devorada. Quando sua dor é insuportável, Prometeu solta gemidos e tenta se debater, fazendo a terra tremer, por isso que acontecem os terremotos.


  • Coitado do Prometeu, mexeu com quem não devia... Estou indo visitá-lo, beijos imortais!

A Caixa de Pandora

Grécia, início dos tempos.


Preciso contar essa história!

Epimeteu chorou muito depois que soube do fim de seu irmão - pois ele era seu único amigo - e pediu clemência a Zeus, mas ele estava furioso e nem deu ouvidos a ele. Zeus disse que quem rouba algo dos deuses merece punição e que era para ele esquecer seu irmão porque o destino dele já estava traçado.

Zeus teve pena de Epimeteu e decidiu criar alguém com quem ele pudesse dividir as suas dores e alegrias, então ele criou uma mulher para ser sua companheira e todos os deuses a presentearam com um dom. Ela recebeu coragem, sabedoria, majestade, graça, inteligência, beleza e canto, ou seja, ela era perfeita - não mais que eu, é claro.

Os deuses a chamaram de Pandora, que significava “todos os dons”. Zeus a apresentou para Epimeteu, que logo se apaixonou. Passado algum tempo eles se casaram e Epimeteu mostrou sua casa para Pandora, e disse a ela que tudo o que estava ali pertencia a ela também. No entanto, Pandora notou que o marido não lhe mostrava uma certa caixa, e perguntou o que havia ali dentro. Epimeteu disse que não interessava a ela e pediu para que ela prometesse que nunca a abriria. Pandora ficou intrigada em saber o que havia ali, mas cumpre sua promessa (vamos ver até quando).

Certo dia, Pandora limpava sua casa quando ouviu uma voz que a chamava, pedindo-lhe para sair, Pandora olhou à sua volta, mas não encontrou ninguém. Ela ouviu de novo. Chamavam o seu nome, então ela percebeu que a voz saia da caixa misteriosa, e resolveu perguntar quem era. A voz dizia que era uma pobre criatura que precisava de ajuda, pois tinha sido presa com seus irmãos nesta caixa e estavam muito fracos e precisavam beber e comer. Pandora pensou muito na promessa que tinha feito a Epimeteu, mas os deuses havia lhe dado o dom da bondade, e assim ela não poderia negar ajuda àquela pobre criatura, então decidiu que iria abrir só um pouquinho.

  • Pandora se ajoelhou diante da caixa e ergueu um pouco a tampa, só que antes dela tentar olhar, a tampa se escancarou, deixando sair um monte de criaturas que voaram em cima de Pandora dando-lhe mordidas e ferroadas, até fazê-la sangrar. Todas fugiram.

Quando Epimeteu chegou em casa, encontrou a mulher caída no chão e a caixa aberta, e imediatamente entendeu o que havia acontecido. Pandora pediu-lhe desculpas e explicou porque havia aberto. Epimeteu disse que não precisava se culpar, pois a culpa foi dele de não ter explicado o que havia dentro da caixa, e disse que quando distribuía as dádivas entre os animais, deixou de lado as coisas ruins. Sem saber onde guardar, resolveu guardá-las nesta caixa.

Pandora ainda ouvia uma voz que a chamava e dizia para não se esquecer dela. Pandora e Epimeteu aproximaram-se da caixa e viram, no fundo dela, uma criatura brilhante, de asas douradas, que os olhava com um sorriso. A criatura disse a eles que o seu nome era Esperança, e que eles não deveriam se lamentar. Uma vez que vivesse em seus corações, ficaria com eles para sempre, e enquanto a tiverem não precisarão temer misérias, nem desgraças, pois serão capazes de superar tristezas e desespero.

  • Então Epimeteu e Pandora colocaram a Esperança nos seus corações, onde ela se instalou para sempre - e a tolinha aprendeu a ser mais esperta.
Beijinhos, meus mortais.

Perséfone e Hades


















Mundo Subterrâneo (Grécia), milhares de anos atrás.

Bom dia, ou melhor, boa tarde chuvosa!

Hoje vou contar a vocês uma fofoca que fará muitos ficarem de boca aberta. É sobre um dos irmãos de Zeus...

Depois de derrotar os titãs, os deuses dividiram o universo entre si (não me incluíram nessa divisão, mas eu deveria receber uma parte do Universo!). Zeus tornou-se soberano do céu e da Terra. Seu irmão, Posêidon, tornou-se senhor dos mares. E o nosso querido Hades, que é o centro desta fofoca, recebeu a profundeza da terra, o mundo subterrâneo, mais conhecido como inferno.

  • Nunca fui ao lar de Hades, porém ouvir dizer que era um lugar sombrio e muito solitário. Ainda bem que esta solidão não fez que eu recebesse nenhum convite para uma visita ao inferno, dispensaria o convite, é claro.

Foram poucas as vezes que vi Hades. Quando sentia-se sufocado, ansioso por respirar ar puro e ver a luz do Sol, ele atrelava quatro cavalos pretos a seu carro e dirigia-se a uma caverna sob o monte Etna que tinha saída para o mundo exterior. Somente assim via a luz do dia.

Lembro do quanto estava entediada, sem nenhuma fofoca para relatar, pois nada demais acontecia. Vi Hades chegando a um lugar que era totalmente oposto ao seu lar. Era um vale tranquilo e claro, cheio de natureza em volta. Eu queria algo para fofocar, alguma ação terrível de Hades, mas ele ficou deitado durante horas na relva e de vez em quando apanhava flores.

  • Acho que poderia usar aquilo como manchete de uma fofoca não tão grande e muito menos terrível: “Hades o deus das profundezas, colhendo flores”, mas não teria tanto impacto como alguns dos acontecimentos seguintes.

Pensava que somente eu e Hades conhecíamos aquele vale, mas estava enganada. Afrodite, deusa do amor, e seu filho, Eros, também pareciam gostar de passear naquele lugar. Quando vi os dois lá, desviei minha atenção para eles. Disfarçadamente, subi em cima da árvore onde ambos estavam descansando e pude escutar sua conversa. Eros discordava da opinião de sua mãe. Ela acreditava que ninguém resiste ao poder do amor, mas Eros disse que há uma pessoa que é imune ao poder do amor: Hades.

Concordo com Eros. Como uma criatura, onde só conhece a solidão iria conhecer o amor. Mas Afrodite discordava e pediu então o arco de seu filho e uma flecha, para provar que estava enganado. As flechas de Eros tinham um poder especial. Qualquer um que fosse atingido por elas, apaixonava-se imediatamente. Não acreditei em que Afrodite iria fazer. Ela ajustou a flecha ao arco, mirou seu alvo e atirou. A flecha cravou no coração de Hades.

Comecei ficar agitada com aquela situação, quase cai da árvore, para ver a reação de Hades. Ele estava confuso, olhando para o peito como algo estivesse acontecendo, algo estranho e novo. De repente começou a dizer que amava tudo, e quem ficou confusa fui eu! Hades um ser das profundezas da terra amando as árvores e as flores? Agora sim, concordo com Afrodite, ninguém é imune ao poder do amor. Depois de dizer que ama até a o Sol, ele avistou Perséfone, filha de Deméter, deusas das colheitas (agora vocês agricultores sabem com quem reclamar), e gritou AMO VOCÊ! Avançando com seu carro na direção da moça, elogiando-a. Ele a agarrou arrastando para o Inferno, ela tentou fugir, mas não conseguiu. Eu já não estava mais em cima da árvore, entrei em pânico. Nunca tinha visto esta face de Hades, apaixonado e seqüestrador. Queria contar para Zeus, Afrodite, e todos outros deuses, mas tenho certeza de se eu tivesse contado teriam roubado minha história.

Em estado de choque fui para casa caminhando rapidamente, e vi de longe Deméter, preocupada com algo, deve ser ou pela plantação que não está ta boa, ou pelo o pequeno fato de sua filha ter sumido.

Passaram-se alguns dias, e fui dar uma volta no Olimpo. Todos estavam comentando sobre o barraco que Deméter tinha aramado com Zeus para liberar a filha dela do Inferno. Curiosa fui obter mais informações sobre esse barraco. Um amigo meu que estava próximo de Zeus e de Deméter no momento, disse que Deméter ameaçou Zeus, falando que iria dificultar a vida na terra, em relação às colheitas. Fiquei assustada, imagina, se ela destruísse a vida na terra, como eu teria aquela cenoura que eu tanto gosto? Bom, parece que Zeus também ficou assustado e mandou Hermes seu mensageiro ir com Deméter até o submundo, tentar convencer trazer Perséfone de volta. Meu amigo soube da história até esta parte, o resto do babado eu teria de me informar.

Voltando para casa, encontrei Hermes, que me contou com detalhes a ida de Deméter ao mundo subterrâneo. Disse que quando Deméter viu Perséfone ela abriu os braços e gritou que vinha libertá-la do mundo das sombras. Hermes, perguntou se eu estava preparada para ouvir a bomba da história, eu preocupada, falei que se eu desmaiasse de susto se a bomba fosse grande ele me deveria um minotauro. Então ele falou: que Perséfone não queria voltar com sua mãe, e estava feliz no submundo. Realmente fiquei em choque, mais não desmaiei, e nem ganhei um minotauro. Contou que Hades foi super gentil som sua nova sogra (um fato que nunca vimos nem no mundo dos mortais e nem dos deuses), mas Deméter o tratou super mal, e queria sua filha de volta. Hades então ficou nervoso, o que deixou Perséfone chateada, e pensando nos sentimentos dos dois, de sua mãe e de seu novo amado, Perséfone propôs um acordo. Ela iria ficar seis sementes de romã, que seriam seis meses, com sua mãe; e outras seis sementes com Hades.

Quando Perséfone está com sua mãe, Deméter manifesta sua alegria de ter sua filha por perto, abençoando a terra, fazendo com que o mundo se encha de luz e calor. É o tempo de primavera e do verão. Depois que Perséfone vai embora o clima fica frio, as folhas caem, e fica chuvoso. O tempo é de Inverno e Outono. Hoje o dia está chuvoso, que indica que Perséfone está com seu amado no calor do Inferno. Acho que vocês mortais deveriam agradecer a Deméter, por ficar seis sementes de romã sem a filha. Imaginem se fossem seis caroços de abacate?

  • Tenham um bom dia, e andem com seus guarda-chuvas.

Fofocáte.



Eco e Narciso

Grécia, início dos tempos.









Pensem duas vezes antes de tagarelarem, amigas!

Em uma de minhas casuais refeições na floresta, acabei encontrando com uma menina completamente devastada, que só repetia o que eu dizia em qualquer pergunta que fazia. Tomada pela raiva - um sentimento estranho para mim (hahaha) -, simplesmente deixei-a de lado. Contudo, continuei intrigada sobre a origem da pobre menina e de seu problema – aquilo me cheirava a intriga das boas!

A menina em questão chamava-se Eco, uma ninfa, conhecida por ser bonita e gentil – não tanto quanto eu, lógico – mas, apesar dessas qualidades, a menina era chata, insuportável. Não ficava quieta nem por um segundo – quem sabe era por isso que a deusa Ártemis era sua única amiga e as duas iam sempre caçar juntas.

  • Em um determinado dia, Ártemis convidou Hera, a grande rainha dos deuses, para uma visita aos seus aposentos. As duas mal podiam conversar, porque a chatinha não fechava a matraca! Hera ficou tão nervosa com a ninfa, que lançou um feitiço contra a pobrezinha: não poderia mais dizer suas próprias palavras, ia sempre repetir as dos outros!

Depois de alguns dias, Eco se refugiou na floresta para não incomodar mais ninguém.

Algum tempo depois, um lindo conhecido meu, que se chamava Narciso, estava caçando na floresta quando acabou encontrando Eco, que até então só repetia o que os outros falavam. Eco, que não era nem um pouco boba, foi logo jogando seu charme pra cima do menino. Como vocês devem imaginar, o flerte não deu muito certo. Narciso deu um fora – muito bem dado – na ninfa, que ficou arrasada por muitos dias, desaparecendo por completo.

Ártemis prometeu à minha amiga que vingaria a morte da pobre ninfa tagarela. Disse que faria surgir uma bela fonte no meio da floresta. Nessa fonte, que embeleza os reflexos, Narciso irá ver sua própria imagem e se apaixonará por ela. Ficará lá, admirando-se por muito tempo, sem poder tocá-la ou beijá-la e murmurando frases de amor, que acabará se transformando em uma flor.

  • Amanhã começarei a minha procura por um vaso de Narcisos para por em minha sala de estar.
Beijos divinos para vocês!

Aracne


Lídia, milhares de anos atrás.


Boa tarde, meus queridos mortais!


Tenho uma boa história para contar para vocês hoje, sobre uma antiga conhecida minha chamada Aracne. Lembro como se fosse ontem que a conheci.

Há mais ou menos cinco mil anos, quando eu estava trabalhando como cozinheira para o rei, Aracne fez um manto encomendado. Qualquer um que visse aquele manto não acreditaria que ela teria feito aquilo, pois era tão bem tecido, que muitos pensavam que tinha comprado em uma boutique de luxo e dado ao rei. Mas essa jovem realmente sabia tecer e fiar como ninguém!

  • Um dia, por curiosidade, mandei-a tecer um manto para mim, só que como não tinha muito dinheiro, porque o meu QUERIDO rei não pagava bem. Tive de dar a ela um rude velo de carneiro como tecido. Vocês acreditam que ela conseguiu transformar aquele pedaço se semi-lixo em um novelo de lã leve e fofa??

Bom, voltando para o rei, ouvi dizer que quando viu o manto ficou admirado com o trabalho que Aracne havia feito, elogiou a habilidosa costureira e disse que somente Atena seria capaz de fazer um manto mais lindo do que aquele. Aracne ficou tão nervosa com a declaração do rei, que desafiou Atena para provar qual das duas era melhor. A coitada não sabia que o poder dos deuses é muito maior do que qualquer um pode imaginar, e que ninguém deve desafiá-los.

Depois de algumas horas, fui dar uma caminhada para ver se achava Aracne para me contar esse babado da discussão com o rei. Quando chego em sua casa não acredito no que vejo:


  • Atena em carne, osso e luxo na minha frente! Queria muito pedir-lhe um autógrafo, porém pensei comigo mesma que minha querida mãe não havia pagado aquelas aulas de etiqueta por nada.


Sendo assim, me acalmei e mantive a postura. Fui em direção da porta de vidro e vi que Aracne realmente havia lançado um desafio para a Deusa. Pude escutar Atena falando que aceitava o desafio da costureira, e que cada uma faria uma tapeçaria, e que seres humanos e deuses escolheriam a melhor. Pensei na hora que eu seria um desses jurados, mas não fui. Precisei falar com meu psicólogo de Mykonos durante 2 horas, para poder superar o fato. Pelo menos consegui um camarote V.I.P. na disputa.


Tanto Aracne, quanto Atena, puseram-se a trabalhar. Seus dedos esvoaçavam sobre os fios, fazendo surgir em seus teares as mais belas cores e desenhos. A deusa escolheu os céus como tema. Ficou esplêndido seu trabalho. Quando ela estava acabando pude ver que começou a bisbilhotar o trabalho de sua rival. Acho que ela nunca ouviu que FALAR da vida dos outros é feio. Ainda bem que eu só ESCREVO sobre a vida dos outros.

O trabalho de Aracne era comparável ao de Atena; estava realmente ótimo. O tema que ela usou eram os feitos benéficos e maléficos dos deuses. Desenhou Prometeu, Ares, Hefesto e Afrodite. Atena quase se mordia de tanta raiva que tinha. Eu estava a ponto de dar-lhe um sedativo! No entanto, uma idéia pareceu vir-lhe à cabeça, o que a fez ficar um pouco mais confiante de si mesma e dizer à rival:

- Aracne, você provou realmente que tem habilidade. No entanto, não posso permitir que esta competição continue, pois jamais alguém ousaria declarar que uma simples mulher é mais habilidosa do que uma Deusa. Se você concordar, eu lhe concederei um dom.

  • Curiosa, e eu mais ainda, Aracne perguntou:

- Que dom é esse?

- Farei de você a melhor fiandeira do mundo. Ninguém poderá superá-la. Os fios produzidos por você serão os mais resistentes, embora mais finos do que seda. De manhãzinha, quando o chão estiver molhado de orvalho sua teia se cobrirá de diamantes cintilantes. Tecer sua teia fornecerá alimento para ti, e nunca sentirás fome. A geração posterior à sua terá os seus talentos também. Aceita esse dom, Aracne?

Aracne, nada boba aceitou, é claro. Com todas essas vantagens, quem precisaria ganhar na loteria? Mal ela sabia que quem levaria vantagem nesse acordo seria a Deusa, já que Aracne tornou-se uma aranha, com todos esses dons que conhecemos sobre o animal.

  • Acho que teria sido totalmente diferente a história se eu fosse uma das juízas!

Bom, por hoje é só, queridos mortais.

Teias de aranha para vocês,

Fofócate.

Pigmalião e Galatéia

Ilha de Chipre, há um bom tempo atrás.








Romance no ar

Pigmalião, maior escultor de toda a Grécia, recebeu uma encomenda dos sacerdotes referentes ao templo de Pafos. E eu não poderia deixar de conferir essa novidade.

  • Tenho de confessar que sua obra é maravilhosa, suas habilidades chegam à perfeição humana.

O escultor, de tanto admirar a beleza de sua perfeita estátua, atribuiu um sentimento mais forte do que o comum a ela, estava perdidamente apaixonado. Cada vez mais dava vida e emoção ao seu grande amor, dando-lhe cores e chamando-a de Galatéia.

Amargurado por ter de entregar sua amada para os sacerdotes (coitado), criou uma outra obra, para entregá-la em seu lugar. Então Pigmaliâo ficou com Galatéia. Sofrendo de amor e sem saber o que fazer, fez uma prece a Afrodite: dizia que já que Galatéia não poderia ser dele, gostaria que tirasse sua vida, encontrando a paz na morte – que fofo!

Sem esperanças e esperando a morte chegar, Pigmalião deitou-se, até que sentiu uma suave mão tocando-lhe e ao se virar, viu que era Galatéia, que havia descido do pedestal e estava apaixonada por ele – fiquei até emocionada, acreditam? Eu também não.

  • A explicação para tudo isso seria, que Afrodite, a deusa do amor, teria transformado-a em para mulher e dado-lhe vida para que também pudesse amar Pigmalião.

Assim, os dois puderam ficar juntos, casando-se. Ao final de suas vidas, os dois ainda receberam uma última benção: morreram ao mesmo tempo, fazendo com que suas almas nunca se separassem.

Beijinhos da Fofócate.

Rei Midas e o Toque de Ouro


Frígia, mundo antigo.


Fofocas Douradas

Recebi uma informação que dizia que o homem mais rico do mundo era Midas, rei da Frígia e que ele obtinha tudo de mais precioso (pedras preciosas, arcas cheias de riquezas e uma casa cheia de tesouros). Midas tinha mais dinheiro do que é possível imaginar. Lá fui eu e meu amigo, o deus Dioniso (marido de nossa amiga Ariadne, ex de Teseu), averiguarmos a veracidade dos fatos.

  • Quando descemos para a casa de Midas, vimos o rei rolando no ouro, como um porco na lama. Era tão grotesco e ridículo que Dio (como eu o chamo) não aguentou e caiu na gargalhada.

Eles conversaram por um bom tempo. Mesmo após Dioniso aconselhar o rei sobre doar suas riquezas, ele não cedeu – argumentava que só seria feliz com mais, mais e mais. Acabamos resolvendo dar a Midas o Toque de Ouro, um poder que transformaria em ouro tudo que o rei tocasse. Ele, ao notar o poder, saiu correndo por sua propriedade tocando em tudo que via: tocou o lago, os peixes do lago, as árvores e até as flores! Tudo se amarelou, virou ouro.

Para comemorar o ocorrido, Midas reuniu sua família e seus amigos para um imenso banquete. Na hora de brindar com os convidados, não conseguiu beber o vinho, pois virara ouro. Quando tentou comer, aconteceu o mesmo: a comida também se transformou em ouro.

Seu gatinho, Niobe, pulou em seu colo e instantaneamente virou ouro. Seu cão Ajax também. Midas apavorou-se e entrou em desespero ao notar que sua filha Phoebe, ao colocar a mão na testa do pai em um gesto de preocupação, também havia paralisado e tornado-se uma estátua dourada.

  • Midas alegou ser o mais pobre ser humano e amaldiçoou o Toque de Ouro. Ele havia aprendido tarde demais a reconhecer o que era importante de fato.

Para salvar o reino e compreendendo que o rei havia aprendido a lição, Dioniso voltou para a casa de Midas e desfez a “brincadeira”, voltando tudo ao normal. Phoebe falava com o pai, ao mesmo tempo em que Ajax e Niobe brincavam com ele

Midas nunca comeu e bebeu com tanto gosto. Convidou todos os habitantes do reino para o banquete. Sentiu o perfume das flores e viveu a vida com mais prazer, valorizando tudo ao máximo. Midas deixou de ser o rei mais rico para ser o rei mais querido do mundo.

  • Minha dica? Se quiserem algo dourado, não procurem o Toque de Ouro, usem tinta em spray!

Beijos Mitológicos.


Orfeu e Eurídice

Grécia, início dos tempos...


Como o amor é lindo!


Bom dia leitores da Fofócate! Hoje venho a vocês com um babado um tanto quanto trágico!!

Um conhecido de uma amiga minha, chamado Orfeu, quando era criança foi presenteado por Apolo – deus do sol – com uma lira. Ao longo do tempo, o menino cresceu e começou a criar suas próprias músicas. Todos se apaixonavam por suas músicas, que tinham um poder estranho sobre as pessoas; até que em certo dia, Orfeu e uma moça chamada Eurídice se apaixonaram, e depois de um tempo se casaram.

No dia do casamento – que não compareci por falta de espaço em minha agenda – as tochas das paredes começaram a crepitar, fazendo o templo se encher de fumaça e as pessoas chorarem – o que não é um bom sinal, convenhamos.

Após algumas semanas, Orfeu encontrou Eurídice morta, com uma picada de cobra no calcanhar. Tomado pela tristeza, o pobre músico foi até a caverna que leva ao mundo inferior atrás da amada, porém precisaria que Caronte, o barqueiro, fizesse a travessia do rio com ele. Isso não foi difícil: Orfeu só teve de tocar algumas notas em sua lira para que o barqueiro cedesse – o mundo inferior precisa de funcionários mais competentes – e levasse-o até Hades e sua esposa Perséfone.

De início, Hades e Perséfone não concordaram com a volta de Eurídice à vida, mas após Orfeu tocar algumas notas novamente – emocionado desta vez –, Perséfone, chorando com seu marido, convenceu este a libertar Eurídice. Caronte levou Orfeu e Eurídice até a outra margem do rio Estige novamente – os dois puderam subir a escada que leva ao mundo exterior ­– porém, Orfeu não poderia olhar para Eurídice até os dois estarem completamente fora da caverna, pois se isso acontecesse, Eurídice desceria de novo, e desta vez, para ficar eternamente. Chegando ao fim da escada, Orfeu adiantou-se e, sem intenção disto, acabou olhando para Eurídice, o que fez com que esta simplesmente desaparecesse.

Devastado pela tristeza e pela solidão, Orfeu passou dias e dias tocando sua lira na parte mais profunda da floresta. Contudo, algum tempo depois, algumas mulheres escutaram sua mágica música, o que fez com que as três se apaixonassem perdidamente por ele, mas – é claro – Orfeu rejeitou todas, afirmando que seu coração pertencia a Eurídice. Não conseguindo aguentar a rejeição, as mulheres começaram a atirar dardos e flechas na direção de Orfeu, que não conseguia tocar sua lira, pois o som da mesma era abafado pelos gritos das mulheres. Orfeu acabou falecendo naquela noite.

  • Apolo encontrou a lira de Orfeu depois de algum tempo, e a colocou no céu, ao lado das outras constelações. A morte de Orfeu foi um fato trágico – mas necessário – porém, agora ele e Eurídice poderão passar o resto da eternidade juntos.

  • Hades emocionado? Esse Orfeu não é fraco não, hein?

Beijos divinos!

Jasão e o Velocino de Ouro

Tessália e Ilha de Colcos, há muito tempo atrás.


Bafão no trono!

Soube eu que Esão, rei da Tessália, cansado de governar, passou a coroa para seu irmão Pelias, com a condição de que quando seu filho Jasão crescesse, Pelias deveria dar a coroa a ele. Mas quem quer deixar de ser rei, não é mesmo? Pelias também não queria perder seu trono, então se recusou a este ato quando Jasão cresceu. Jasão, que não queria ficar por baixo, decidiu que buscaria o velocino de ouro, na Ilha de Colcos. Com tudo que tinha direito, barcos e armas, foi em busca do velocino de ouro. O menino não é fraco não, heim?!

O danado foi até a Ilha de Colcos. Chegando lá, foi falar com o rei Aedes e este, disse que não seria pouca coisa que Jasão enfrentaria. E deu-lhe a sua primeira tarefa: ATRELAR OS DOIS TOUROS A UM ARADO E SEMEAR OS DENTES DE UM DRAGÃO. Jasão montou-se em coragem e logo aceitou o desafio, mesmo sabendo que estaria só.

Logo, surgiram os touros enfurecidos. Jasão teve a brilhante ideia de colocar cereais nas mãos, fazendo com que os touros feios farejassem, ficando menos nervosos. Então, Jasão amarrou com calma a canga nos touros que logo o obedeceram puxando o arado. Que menino inteligente! E o povo gostou, viu? Jasão foi presenteado com um saco de couro.

Agora, Jasão tinha de semear os dentes do dragão. Medéia, filha de Aedes, toda apaixonada pelo novo galã da Ilha de Colcos, quis desejar-lhe boa sorte. Disfarçadamente, Medéia entrega um talismã a Jasão, que o ajudará a vencer os guerreiros que brotarão dos dentes do dragão. Medéia disse que Jasão deveria levá-la embora junto a ele caso ele conseguisse o velocino de ouro. Ele concordou.

  • Essa menina era tão perfeita... Bem, nem tanto, logo Jasão descobre que Medéia era uma feiticeira poderosíssima (Arrasou!). Ela poderia ajudá-lo e muito!

Então Jasão segue e se mete numa luta acirrada, quando percebe que não estava aguentando mais lutar com os guerreiros que apareciam toda hora! Parecia feira! E é quando ele se lembra do talismã, e o joga no meio dos guerreiros, que como num passe de mágica, param de atacar Jasão e lutam entre si até a morte de todos.

Como se não bastasse, o rei dá a Jasão outra prova: TINHA DE ENFRENTAR O DRAGÃO PARA TOMAR O VELOCINO DE OURO. E de novo Medéia vai ajudar Jasão com a prova e tem uma ideia um tanto quando estranha: pede que todos os companheiros de Jasão permaneçam a bordo e preparem o barco para zarpar. Dessa vez, Medéia vem com uma nova: dá um frasco para Jasão tacar na cabeça do dragão, que fará a fera dormir.

E assim foi feito: os companheiros entraram a bordo e o menino foi em busca do dragão. Procurou o bicho na floresta, até que o encontrou. Se os touros eram feios, minha gente, imagine o dragão! Em todo caso... Jasão encontrou o velocino de ouro pendurado em um galho bem quando o dragão avançou nele, que por sua vez joga o frasco de vidro no cabeção do dragão. O dragão dorme e Jasão, mais que esperto, pega o velocino de ouro pendurado, corre e entra em seu barco. Essa Medéia não para de inovar, gente. É uma diva! Acredita que ela invocou uma ventania que soprou as velas do barco?

Flagra! Os fugitivos foram vistos pelo vigia de Colcos que avisou o rei, que decidiu mandar sua frota atrás deles. A frota do rei foi avistada por Medéia, que pediu à Lua que escurecesse o mar e os céus. E não é que deu certo? O barco de Jasão avançou muitas milhas, sem nem avistar a frota do rei. Quando o barco de Jasão chegou na Tessália, fizeram a festa do ano!

Só que havia um problema: o pai de Jasão, Esão, estava prestes a morrer... e adivinha? Sobrou pra coitada da Medéia. Ela sabia o que fazer, mas Jasão teria que cumprir o que ela dissesse. Então ela começa a preparar todo o ritual para trazer de volta a força de Esão, quando pede que Jasão mate seu pai, para poder misturar a poção que fez. Só assim poderá trazê-lo de volta a vida. Ele se recusa, fazendo com que ela mesma o mate, e misture-o a poção. O velho ficou todo bonitão! Jasão pede ao seu pai que volte ao trono, mas Esão estava cansado de reinar e disse que esta seria a vez do filho. Jasão aceita.

Jasão escolhe a mãe de Medéia como sua rainha. Mas a diva não quer um homem que não cumpre palavra, não é mesmo? E no dia seguinte, as filhas de Pelias pedem que Medéia tranformasse seu pai em um jovem novamente. Quanto interesse! Mas Medéia aceita a ideia e ajuda.

Como era mesmo ritual, agora seria hora de umas das filhas matar Pelias, e assim acontece. A outra irmã, invejosa que só, também dá uma facada em seu pai. As duas jogam Pelias na poção e Medéia faz uma prece “Senhora da escuridão, me leve deste lugar, não quero mais lidar com essa gente trapaceira e covarde”. Surge uma carruagem que leva a diva para as profundezas do céu noturno!

  • E as filhas de Pelias? Tsá! Devem estar mexendo no caldeirão até hoje.
Beijinhos!

Dédalo e Ícaro

Cnossos, pequena ilha de Creta, há muito tempo atrás.



Babado tenso!


Quando fui até Cnossos, conheci Dédalo, famoso por ser o primeiro grande inventor, e por executar alguns trabalhos de arquitetura para o rei Minos. Enquanto passeava pela cidade, pude observar o palácio real que Dédalo havia construído e que em cima tinha um enorme labirinto, onde podiam esconder tesouros, ou até mesmo animais sinistros. Nesse labirinto, o rei Minos prendeu o famoso Minotauro – cabeça de touro e corpo de homem.

Quando eu estava passando pelo palácio, ouvi que quem entrasse no labirinto jamais conseguiria sair e acabaria morto pelo Minotauro, a não ser que tivesse a chave mágica: um velho novelo de linha. Minos era a única pessoa que tinha acesso à essa chave mágica – que de chave não tinha nada.

Feliz com o seu palácio, o rei ofereceu sua filha para se casar com Dédalo. Naucrate casou-se com Dédalo numa bela cerimônia – para a qual eu não fui convidada – e com ele teve um filho chamado Ícaro.

Naucrate morreu quando Ícaro ainda era menino. Dédalo, devido à morte de sua esposa, quis voltar à Atenas e levar seu filho com ele, mas o rei não permitiu que eles saíssem da cidade e que prestassem serviços a outras pessoas. Para eles não fugirem, prendeu-os no labirinto que o próprio genro havia construído. Pura maldade!

Como Dédalo era muito inteligente, começou a observar o vôo dos pássaros, e percebeu que o ar quente que subia do mar fazia-os voar mais alto, então ele e seu filho começaram a coletar penas e madeira para construir asas que os ajudariam a sair do terrível labirinto.

No entanto, o rei, que sempre ficava observando tudo o que eles faziam, começou a desconfiar da movimentação e chamou-os para ver o que eles estavam aprontando. Quando Dédalo contou sobre a idéia, o rei Minos caiu na gargalhada, o que não foi suficiente para que eles desistissem – quem ri por último, ri melhor – então Dédalo começou a construir as asas.

  • Dédalo disse a Ícaro algumas instruções de voo – e como todo filho, não ouviu o pai - e uma das mais importantes era:

- Não voe muito perto do sol, pois a cera pode derreter com o calor, e você, cair no mar.

  • Ícaro foi o primeiro, todo alegre querendo sempre ir mais alto, o pai foi logo atrás. Para alertar o filho que estava indo longe demais gritou:

- Volte, você está chegando muito perto do sol!


  • Infelizmente, Ícaro não conseguia ouvir e apenas sabia fazer uma coisa: voar mais alto, o mais alto que pudesse.

A cera começou a se desmanchar e de pena em pena foi se desfazendo, até não sobrar mais nada e Ícaro cair no mar.

Quando seu pai viu as penas, entrou em desespero, mas nada podia fazer. Viu o filho cair imediamente nas águas do mar e desceu até o mar, mas já era tarde demais. Pegou o corpo de Ícaro e levou até uma ilha próxima, na mais alta montanha, a que chegasse próxima do céu, que tanto vislumbrava seu filho. Esta ilha, em homenagem ao menino, chama-se Icária.

  • Beijos emocionados!


Teseu e o Minotauro

Creta e Atenas, antiguidade clássica.

Um fato enovelado

Vocês se lembram de Minos, o rei chato e aprisionador de Creta? Então, como eu havia adivinhado (adivinhado nada, meu amigo que é seu conselheiro me informou), o rei Minos ficou furioso com a fuga de Dédalo e Ícaro – que quis ser passarinho – e decidiu que o povo de Atenas deveria pagar pela ousadia dos dois.

Como alguns de vocês devem estar se perguntando, o pagamento era anual: sete homens e sete mulheres de Atenas deveriam ir ao labirinto que Dédalo construiu para servirem de alimento para o Minotauro que lá vivia.

  • Às vezes, eu descia do Olimpo para observar a vida em Atenas. Era, no mínimo, trágico ver aqueles jovens num barco com velas pretas sem nenhum exército para defendê-los. Era angustiante...

Um dia ouvi uma conversa entre o rei Egeu e seu filho Teseu. Ele disse ao seu pai que no ano seguinte seria um dos 14 jovens que iriam de encontro ao Minotauro e que para provar que matara a fera, ele voltaria com um barco de velas brancas.

Um ano depois, Teseu embarcou no barco com velas pretas.

Sorrateiramente, consegui me infiltrar dentro de Creta para observar a recepção dos Atenienses. O rei Minos perguntou se algum deles gostaria de pedir clemência. Teseu, destemidamente retrucou dizendo que ele e os outros prefeririam morrer de pé a ajoelharem-se aos pés do Rei.
















  • Percebi então que eu não era a única intrusa que ouvia o diálogo. A filha de Minos, Ariadne, sentiu-se encorajada pelas palavras de Teseu e resolveu enfrentar o pai para salvar a vida do rapaz.

Naquela noite, Ariadne percorreu o castelo até a torre dos prisioneiros e deu um pacote a Teseu. Nele estavam contidos uma espada e um novelo de linha. Teseu deveria amarrar uma ponta do novelo na entrada do labirinto e seguir adiante (para nunca se perder) e a espada quebraria o feitiço que envolve o Minotauro e então, matá-lo-ia.

No outro dia, os jovens atenienses adentraram o labirinto. Seguindo o plano de Ariadne, Teseu matou o Minotauro e saiu do labirinto com a cabeça do monstro para colocá-la no templo da deusa Atena (Tetê, como eu a chamo), como agradecimento à sua proteção.

Depois do ocorrido, ouvi Ariadne pedindo para que Teseu levasse-a para Atenas, pois uma vez que Minos descobrisse a traição da filha, esta estaria em maus lençóis. Teseu partiu então com Ariadne para Atenas. Quando chegaram na ilha de Naxos, Teseu e Ariadne foram caminhar pela praia, enquanto o resto dos Atenienses descansava.

Ariadne comentou com Teseu que estava feliz com a chegada deles em Atenas para os preparativos do casamento deles. Teseu ficou surpreso, pois não pretendia casar-se com Ariadne, por ela ter perdido o dote do pai.

Ariadne adormeceu na praia e Teseu correu para o barco e ordenou para que saíssem de lá, deixando Ariadne na praia.

  • Corri para o Olimpo e contei tudo para minha amiga deusa Tetê (Atenas para vocês mortais), que lançou um feitiço em Teseu: ele esqueceria algo que o faria chorar o tanto que Ariadne chorou por ele.

Quando o navio chegou em Atenas, Teseu viu seu pai se jogando do monte, pois ele havia visto velas pretas no barco. Teseu havia se esquecido de colocar velas brancas no lugar das pretas, como o combinado.

Para compensar a tristeza de Ariadne, combinamos eu e Atenas de dar a ela um marido muito melhor que Teseu e suas riquezas: nosso amigo, o deus Dioniso, casou-se com ela.

  • E a nossa lição de hoje, leitores? Mate quantas cabeças puder, mas se quiser casar com um bom deus, só é necessário bondade, coragem e alguém como eu, que saiba de sua história.
Beijos Mitológicos.

Perseu e Medusa

Sérifo, alguns milênios atrás.


Saudades, querida!!


Minha amiga Medusa era uma donzela muito formosa. Todas tinham inveja de sua beleza divina - não tão divina quanto a minha - suficiente para provocar a ira dos deuses, que a transformaram num terrível monstro. A beleza, até então sua principal qualidade, se perdeu. Suas sedosas tranças foram transformadas em ferozes serpentes!! Como tudo tem seu lado positivo, ela ganhou também um poder indiscreto: petrificar as pessoas que olham em seus olhos!

  • Eu bem que mandei ela ser mais discreta, mas ela não me ouviu, como toda reles mortal.
Med, como os íntimos a chamam, acabou se escondendo numa caverna escura - para não ter de ver seu cabelo réptil - e eu fui visitá-la semana passada, quando vi Perseu se aproximar...

Perseu era filho de Zeus, e assim que tornou-se maduro suficiente, saiu em busca de aventuras - como todos os filhos desocupados dos deuses fazem - Até chegar em Sérifo, um país em ruínas, onde as pessoas escondiam-se em cavernas, com medo da Medusa. O rei de Sérifo pediu ajuda a Perseu (que acabou aceitando com segundas intenções).

  • Saindo da festinha na caverna, vi Perseu oferecendo um sacrifício aos deuses. Hermes e Atena manifestaram apoio a ele, dando-lhe sandálias aladas para chegar à caverna e um escudo que permitiria ver o reflexo de minha amiga. TRAIDORES! Fingi que era uma das estátuas e observei a cena.
Vi o filho de Zeus aproximando-se e acompanhei tudo. Coitada. Foi um golpe certeiro, antecedido por zombaria! Tudo que vi depois foi Perseu colocando a cabeça da pobrezinha num saco de couro antes de partir. Obviamente, segui ele planejando uma vingança...

  • E não é que no meio do caminho apareceu uma jovem? Dizia ser filha de Cefeu e Cassiopéia, os reis daquele lugar. Perseu demonstrou um certo interesse na jovem Andrômeda, cujo destino era ser devorada por um dragão faminto. Achei tudo muito interessante...
O bravo rapaz lutou incansável contra o monstro - não usara a cabeça de Med, porque queria ganhar por esforço próprio - que não apresentava exaustão, até que Perseu teve uma ideia: atingir uma área desprotegida, logo abaixo do pescoço da fera. E mais uma vez, num golpe de sorte, ele acabou sendo bem sucedido. Levou a bela moça ao encontro dos pais, que aliviados, cederam à vontade do rapaz: permitir que Andrômeda casasse com ele.

  • Minha vingança viria no dia do casamento...
Andrômeda já era prometida de um velho amigo meu, Fineu, que apareceu na festa com um bando de homens armados com lanças e espadas. Claro que ele era MEU convidado (hahaha). Perseu - estraga prazeres como sempre - encarregou-se de usar a cabeça da Medusa para deter os convidados recém-chegados, que viraram pedra.

  • Estou ocupada tentando me vingar de Perseu. Essa é minha última postagem. =(
  • Beijos divinos!