sexta-feira, 30 de abril de 2010

Dédalo e Ícaro

Cnossos, pequena ilha de Creta, há muito tempo atrás.



Babado tenso!


Quando fui até Cnossos, conheci Dédalo, famoso por ser o primeiro grande inventor, e por executar alguns trabalhos de arquitetura para o rei Minos. Enquanto passeava pela cidade, pude observar o palácio real que Dédalo havia construído e que em cima tinha um enorme labirinto, onde podiam esconder tesouros, ou até mesmo animais sinistros. Nesse labirinto, o rei Minos prendeu o famoso Minotauro – cabeça de touro e corpo de homem.

Quando eu estava passando pelo palácio, ouvi que quem entrasse no labirinto jamais conseguiria sair e acabaria morto pelo Minotauro, a não ser que tivesse a chave mágica: um velho novelo de linha. Minos era a única pessoa que tinha acesso à essa chave mágica – que de chave não tinha nada.

Feliz com o seu palácio, o rei ofereceu sua filha para se casar com Dédalo. Naucrate casou-se com Dédalo numa bela cerimônia – para a qual eu não fui convidada – e com ele teve um filho chamado Ícaro.

Naucrate morreu quando Ícaro ainda era menino. Dédalo, devido à morte de sua esposa, quis voltar à Atenas e levar seu filho com ele, mas o rei não permitiu que eles saíssem da cidade e que prestassem serviços a outras pessoas. Para eles não fugirem, prendeu-os no labirinto que o próprio genro havia construído. Pura maldade!

Como Dédalo era muito inteligente, começou a observar o vôo dos pássaros, e percebeu que o ar quente que subia do mar fazia-os voar mais alto, então ele e seu filho começaram a coletar penas e madeira para construir asas que os ajudariam a sair do terrível labirinto.

No entanto, o rei, que sempre ficava observando tudo o que eles faziam, começou a desconfiar da movimentação e chamou-os para ver o que eles estavam aprontando. Quando Dédalo contou sobre a idéia, o rei Minos caiu na gargalhada, o que não foi suficiente para que eles desistissem – quem ri por último, ri melhor – então Dédalo começou a construir as asas.

  • Dédalo disse a Ícaro algumas instruções de voo – e como todo filho, não ouviu o pai - e uma das mais importantes era:

- Não voe muito perto do sol, pois a cera pode derreter com o calor, e você, cair no mar.

  • Ícaro foi o primeiro, todo alegre querendo sempre ir mais alto, o pai foi logo atrás. Para alertar o filho que estava indo longe demais gritou:

- Volte, você está chegando muito perto do sol!


  • Infelizmente, Ícaro não conseguia ouvir e apenas sabia fazer uma coisa: voar mais alto, o mais alto que pudesse.

A cera começou a se desmanchar e de pena em pena foi se desfazendo, até não sobrar mais nada e Ícaro cair no mar.

Quando seu pai viu as penas, entrou em desespero, mas nada podia fazer. Viu o filho cair imediamente nas águas do mar e desceu até o mar, mas já era tarde demais. Pegou o corpo de Ícaro e levou até uma ilha próxima, na mais alta montanha, a que chegasse próxima do céu, que tanto vislumbrava seu filho. Esta ilha, em homenagem ao menino, chama-se Icária.

  • Beijos emocionados!